Ivaiporã inaugura Korean Valley
Cidade paranaense quer se tornar polo de entrada para empresas coreanas na América Latina
Com pouco mais de 50 mil habitantes, a cidade de Ivaiporã, no Vale do Ivaí, será o polo no Brasil e na América Latina das inovações que vêm da Coreia do Sul. O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta quinta-feira (27) da inauguração do Korean Valley, iniciativa inédita que coloca o Paraná em uma rede internacional de inovação e tecnologia liderada pelo Global Digital Inovation Network (GDIN), fundação ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia da Informação do país asiático.
O centro de inovação vai reunir startups coreanas para trabalharem de forma integrada com empresas, startups e hubs de inovação brasileiros para criar soluções em diversas áreas, especialmente em Agrotech e Indústria 4.0; GovTech e Cidades Inteligentes; Saúde e Biotecnologia e Energia Sustentável e Inteligência Artificial. Ao formarem joint ventures com empresas paranaenses, as coreanas podem adaptar suas soluções para o mercado brasileiro e latino-americano, fazendo com que essa tecnologia retorne ao mercado global. A partir do novo hub regional especializado em desenvolvimento tecnológico, a expectativa é que o município de Ivaiporã se torne polo de entrada para empresas coreanas na América Latina.
Com sede em Seul, o GDIN atua como uma agência global de aceleração e internacionalização de startups sul-coreanas, conectando-as a novos mercados e parceiros estratégicos e oferecendo suporte técnico e comercial para implantação e ganho de escala de soluções tecnológicas. Dez empresas sul-coreanas, que atuarão em coprodução e joint ventures com empresas locais, já estão confirmadas para se instalarem no Korean Valley em Ivaiporã. Além disso, outra startup israelense voltada à inteligência artificial também atuará de forma conjunta com empresas sul-coreanas e paranaenses. Os empreendimentos que já operam no ecossistema Korean Valley são das áreas de saúde, cosméticos e Inteligência Artificial (IA), são elas: a Sevasa, a Olive Healthcare, a Mezoo, a Exosystems, a Medihub, a Codepresso, a Shin Sung Bio Pharm Inc., a IP Gallery e a rede aceleradora Global Digital Innovation Network.
De acordo com o coordenador do projeto da Korean Valley e Embaixador do GDIN no Brasil, Aleksandro Montanha, já há procura de outros estados para entender o projeto tecnológico em Ivaiporã. "Nós estamos recebendo caravanas de outros estados para entender como esse modelo funciona, para levar para esses outros locais também. É importante replicar projetos que podem ser benéficos para o crescimento econômico e social do nosso país", relatou.
A ideia é que o Korean Valley seja um braço fora da Coreia do Sul do Vale Tecnológico de Pangyo, grande centro de inovação do país que concentra mais de 1,6 mil companhias, que geram US$ 128 bilhões de lucro por ano e empregam cerca de 78 mil pessoas. Nessa parceria, o GDIN vai selecionar startups que possam se adaptar à realidade local, para desenvolver soluções no Paraná que possam ganhar escala para atender o mercado local. "Com este projeto, o Paraná e a Coreia do Sul vão trabalhar de forma colaborativa, para que as parcerias entre nossas empresas cheguem mais longe. Nossa missão é globalizar as soluções que serão desenvolvidas nesta incubadora de forma conjunta entre startups paranaenses e coreanas", afirmou o presidente e CEO do GDIN, Jongkap Kim.









